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Em muitas clínicas, a gestão de faturamento é realizada pelo mesmo profissional que cuida do financeiro. Já em outras, existe um profissional dedicado apenas a essa tarefa – o faturista. Em ambos os casos, há o desafio de lidar com problemas, como: informações que não batem ou não se complementam, relatórios incompletos, falhas nos pagamentos, etc. 

Para deixar a situação mais complexa, a gestão do faturamento e auditoria de contas hospitalares ainda precisam constar notas de estoque, atendimentos particulares, convênios, compra de materiais e equipamentos, e muito mais. Ou seja, o trabalho do financeiro/faturista não pode deixar nenhum detalhe de fora. 

Mas, existe uma solução que ajuda a descomplicar essa etapa da gestão da clínica. Neste conteúdo, você aprenderá qual é ela e como executar um controle de faturamento hospitalar eficiente. Boa leitura!

Dicas para otimizar a gestão de faturamento da clínica médica 

Cuidar do faturamento da clínica médica pode ser uma tarefa difícil se você não tem a estratégia adequada. É importante ter ferramentas que permitam um monitoramento eficaz das contas hospitalares, assim como o armazenamento seguro e relatórios completos.

Pensando nisso, separamos três dicas para você otimizar sua gestão de faturamento e evitar o descontrole financeiro. Confira! 

Tenha informações integradas

Se você já utiliza um software de gestão financeira no seu dia a dia de trabalho, é importante verificar se ele está integrado ao estoque, agendamento e gerenciamento. A integração de informações é fundamental para ter um faturamento hospitalar eficiente. 

Por exemplo, quando esse setor não está alinhado com o atendimento, não se sabe se teve um adicional de exame na consulta de um paciente de convênio.

Contar com um sistema que centralize todas essas informações e faça cruzamento de dados dará mais controle à sua gestão. Além disso, os processos serão padronizados, resultando em uma organização mais clara e otimizada. 

Faça um controle constante

Conferir o faturamento da clínica médica apenas uma vez por mês é uma opção pouco eficaz. Isso porque, as guias irão acumular, fazendo com que a probabilidade de erros de preenchimentos seja maior. 

Como solução, procure criar um relatório diário das guias TISS, separando-as por convênios. Tenha também um armazenamento seguro para que os documentos não sejam corrompidos e a geração dos lotes não se perca. 

Existem diversos recursos no mercado que geram relatórios e fazem o armazenamento das guias, o que alivia o seu trabalho de fazer tudo manualmente.

Utilize ferramentas tecnológicas

Como você pode ver, as duas dicas anteriores se tornam mais eficientes por meio da tecnologia. Os sistemas que automatizam os processos de faturamento hospitalar contam com ferramentas como:

• Machine learning (Aprendizado da Máquina): sistema que permite o reconhecimento de padrões, para assim formular operações automáticas usando inteligência artificial; 
• CRM (Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente): ferramenta de informação que permite a administração de diferentes perfis de clientes (como por exemplo os recorrentes, de convênio, etc); 
• ERP (Sistema Integrado de Gestão Empresarial): sistema de informação que centraliza todos os dados do negócio em um único lugar, visando oferecer uma visão sistêmica da empresa. 

A tecnologia aumenta a eficiência da sua gestão de faturas 

Se você deseja melhorar seu controle de faturamento, a fim de não ter mais prejuízos ou erros, investir em tecnologia é a melhor solução. Com ela os processos são automatizados e padronizados, evitando trabalhos manuais que resultam em falhas humanas. 

Encontrar um sistema de gestão financeira que permite um acompanhamento que não se limite às contas médicas é essencial para que a integração de dados melhore a sua rotina. 

Os resultados se mostram sobretudo na redução de glosas. Segundo o Painel Dinâmico dos Indicadores de Glosa da ANS, as operadoras médico-hospitalares apresentam um percentual de glosas iniciais acima de 8%. Isso impacta diretamente na gestão de faturas e consequentemente no financeiro. 

Para evitar essa situação, é válido implementar tecnologias digitais que ofereçam:

• Controle financeiro;
• Controle de estoque; 
• Controle de clientes;
• Controle de orçamentos; 
• Emissão de notas fiscais;
• Emissão de boletos bancários;
• Entre outros. 

Todos esses fatores impactam no fluxo de caixa da clínica, que deve sempre estar em conformidade com a gestão financeira. Portanto, invista em uma tecnologia que apresenta a integração entre os setores, pois somente assim seu financeiro clínico será saudável e automatizado.

Fonte: https://feegowclinic.com.br/
Foto: Freepik 

A gestão financeira em saúde é um grande desafio em qualquer empresa. Tal medida abre portas para melhorar os resultados de um negócio. Entretanto, as estratégias são importantes, mas precisa, também, de mão na massa e muita prática!

Você está precisando de algumas ideias de gestão financeira em saúde sem prejudicar a sua relação com seus pacientes? Então, veio ao lugar certo! 

Neste post você encontra dicas preciosas que podem contribuir bastante para o crescimento da sua clínica. Vamos lá?

Pensando nessas variáveis, compilei dez dicas fáceis e práticas para implementar em sua clínica.

O que é gestão financeira em Saúde?

É um conjunto de atividades e procedimentos administrativos voltados para a manutenção e aumento da rentabilidade da clínica ou do consultório.

A gestão financeira em saúde envolve ações como:

• Planejamento;
• Controle de custos;
• Gerenciamento das operações financeiras;
• Investimentos para maximizar os retornos.

O objetivo da gestão financeira não é apenas gerar lucros, mas também aumentar o valor patrimonial da clínica.

Para isso é necessário investir em recursos e equipamentos que gerem mais dinheiro do que gastos. 

A mesma lógica vale para os serviços prestados na clínica como exames, procedimentos e consultas que precisam estar bem alinhados quanto a relação custo benefício.

Além disso, os administradores financeiros devem implementar medidas corretivas ao longo da execução do plano orçamentário.

Neste sentido, dois conceitos são fundamentais para o processo de gestão: eficiência e eficácia.

Existe uma confusão em torno desses dois indicadores, pois muitas vezes os profissionais entendem como sinônimos.

Contudo, há uma diferença importante entre eles. A eficiência diz respeito ao melhor aproveitamento dos recursos, enquanto a eficácia mede a capacidade de atingir os objetivos.

Para que você possa avaliar esses dois indicadores é fundamental que ele tenha acesso a relatórios completos para tomar as melhores decisões.

Qual é a importância da gestão financeira em Saúde?

Quando um médico empreendedor resolve montar seu consultório ou clínica, ele precisa garantir a viabilidade da empresa continuar atuando.

Portanto, ele precisa conhecer muito bem a situação financeira da empresa para fazer os ajustes necessários para conquistar mais espaço no mercado.

Isso significa realizar investimentos de curto, médio e longo prazo. Como saber o melhor momento para investir sem uma boa gestão financeira?

Uma decisão equivocada pode resultar em situações muito difíceis de contornar. 

Sobretudo na área da saúde que está cada vez mais competitiva. De acordo com a Demografia Médica de 2020, o Brasil atingiu o marco de 500 mil médicos em exercício.

Sendo que destes, 78,5% trabalham no setor privado e metade possuem consultório próprio ou compartilhado com colegas.

Ao mesmo tempo, apenas 28,5% dos brasileiros possuem algum tipo de plano de saúde privado. Ou seja, existe uma grande disponibilidade de profissionais para uma população limitada de clientes.

Para se destacar nesse mercado é preciso investir em inovação e utilizar os recursos de forma eficiente.

A gestão financeira permite que a clínica avalie quais de seus projetos devem continuar e quais precisam ser deixados de lado.

Afinal, focar em projetos viáveis economicamente será o elemento chave para que a clínica se mantenha competitiva diante de um cenário tão acirrado.

Principais desafios da gestão financeira em Saúde

A gestão financeira em Saúde possui desafios específicos do setor. Um deles é lidar com um certo grau de imprevisibilidade por conta do risco de glosas.

No entanto, as glosas mais comuns podem ser evitadas, pois ocorrem por erros de digitação, ausência de informações e uso inadequado dos códigos do padrão TISS.

Desse modo torna-se necessário desenvolver processos de faturamento precisos para reduzir esse risco.

Outro desafio está em gerar relatórios completos para acompanhar a situação das finanças da clínica e interpretá-los adequadamente.

Ainda não é comum que as faculdades de medicina incluam disciplinas de gestão de negócios em sua grade curricular.

Sendo assim, os médicos empreendedores que tomam conta de suas próprias finanças precisam buscar esse conhecimento por conta própria.

Neste sentido, o grande desafio é aprender a fazer a gestão financeira em Saúde ao mesmo tempo que precisa atender as outras demandas da clínica.

A boa notícia é que existem ferramentas e conteúdos que podem te ajudar nessa tarefa. Por isso, continue a leitura dos próximos tópicos e confira nossas dicas!

Conheça 10 dicas sobre gestão financeira em Saúde 

1. Automatize os processos

Com a chegada da tecnologia na saúde ficou mais fácil automatizar processos e ganhar mais agilidade na rotina da clínica. 

Para que você tenha mais tempo para focar no atendimento e bem-estar dos seus pacientes, utilize os softwares médicos que ofereçam praticidade e colaborem na redução de custos em clínicas.

2. Mantenha a organização financeira

Para conseguir se organizar financeiramente é preciso ter controle sobre as suas despesas, com isso, manter o financeiro de sua clínica saudável pode se tornar um grande desafio!

Portanto, é preciso conhecer todas as movimentações financeiras, ou seja, saber o que entra e sai, para que o controle das contas seja muito mais simples.

3. Tenha um controle de estoque eficiente

O controle do estoque é essencial para a redução de custos em clínicas, mais do que isso, ajuda a identificar itens próximos da data de vencimento ou abaixo do mínimo no estoque. 

Assim, fica bem mais simples manter a demanda de novas aquisições sob controle, evitando desperdícios e gastos com compras de produtos além do que a sua clínica realmente precisa.

4. Conheça seus centros de custo e tenha um plano de contas

Outra dica importante para uma gestão eficiente é conhecer bem seus centros de custos. Ou seja, os centros de custo são tudo aquilo que gera despesas à clínica, o administrativo, marketing, são centros de custos. 

Com isso em mente, é possível identificar onde a receita está sendo aplicada e de que modo se pode gerenciá-las para redução de custos em clínicas.  

Agora, o plano de contas também ajuda a gestão financeira em saúde, já que controlar as categorias de receita e as categorias de despesas é essencial.

Logo, se a sua clínica possui um produto ou serviço que gere receita além dos procedimentos clínicos, como exemplo, o fornecimento de planos de saúde.

Assim que você coloca esses dados em um software de gestão será muito mais rápido identificar as receitas e a melhor forma de gerenciá-las. 

E o melhor, sem prejudicar a qualidade do serviço oferecido aos seus pacientes.

5. Conheça as suas despesas

Outro ponto importante é ter o controle das suas despesas na palma da mão. Mas, você sabe com o que a sua clínica gasta atualmente? Consegue manter as despesas em dia? 

Ou seja, as despesas vão muito além das contas de luz e água, por isso, para manter uma gestão inteligente é preciso conhecer bem todas as contas.

Da mesma forma, faça um levantamento de todos os gastos da clínica por relatórios para eliminar gastos desnecessários. 

Além disso, verifique onde dá para cortar e reduzir para seguir crescendo forte no mercado.

6. Reduza o uso dos seus recursos

Você sabe o quanto de insumos são desperdiçados na área médica? Pesquisas apontam que a principal causa de desperdícios na área da saúde é a falta de conhecimento e técnica, o que chega a quase 20%.  

Com toda a certeza, focar no treinamento da sua equipe é fundamental para evitar desperdícios e, consequentemente, não prejudicar a receita da sua clínica a longo prazo.  

Pensando em economia, não podemos esquecer de ressaltar a importância de economizar energia elétrica e consumo de água. 

Já pensou em divulgar para a sua equipe como é importante desligar os computadores ao final do dia, diminuir o uso de descartáveis aderindo ao próprio copo ou caneca? 

Além de auxiliar na redução dos gastos do seu negócio, colabora diretamente com as questões ambientais.

7. Use a confirmação de consulta por SMS e E-mail

Além de automatizar um processo muito comum em clínicas e consultórios, a confirmação de consulta automática pode ajudar a reduzir os custos com o telefone, por exemplo.

E funciona da seguinte maneira:

• O paciente recebe em seu smartphone ou e-mail a confirmação de sua consulta;
• De maneira rápida e prática, consegue informar à clínica se pode ou não comparecer ao agendamento marcado; 
• O horário fica livre rapidamente para agendar um novo paciente.

Você vai reduzir não apenas os custos e despesas, como também otimizar o tempo dos colaboradores, para que se concentrem no acolhimento dos pacientes.

8. Invista na terceirização

Você sabe quando deve recorrer a serviços terceirizados? Apesar de parecer complexo, pode ser a solução mais prática para o seu negócio. 

Afinal, sua equipe pode ser capaz de realizar múltiplas tarefas, mas não consegue se concentrar com a mesma relevância em todas.

Contrate pessoas especializadas para cuidarem de tarefas como consultoria financeira ou marketing, para que seus colaboradores foque no atendimento de qualidade para os seus pacientes.

Desse jeito, você pode investir na terceirização dos serviços de acordo com as demandas do seu negócio. Como exemplo, um consultor financeiro pode ser um ganho para as finanças da sua clínica. 

9. Adquira um software de gestão

Como falei durante este artigo, o software médico pode contribuir bastante se o que você busca é redução de custos em clínicas. 

Afinal, um bom software oferece uma agenda otimizada e intuitiva à confirmação de consultas e outras ferramentas capazes de auxiliar em uma boa gestão clínica. 

Já sabemos o quanto a tecnologia aprimorou a medicina nos últimos anos, por isso a sua clínica não pode ficar de fora desse novo jeito de cuidar dos pacientes. 

Sendo assim, investir em tecnologia contribui, e muito, para oferecer um atendimento personalizado aos seus clientes, além de ajudar na hora de cortar alguns gastos. 

Com um software médico, você tem acesso a relatórios financeiros onde você lista todos os ganhos e despesas no mês. Com isso, você terá em mãos informações importantes que auxiliarão em uma gestão eficiente.

10. Telemedicina

A telemedicina, como o nome já diz, traz a possibilidade de fazer medicina à distância. Você deve estar se perguntando como a telemedicina ajudaria a reduzir seus gastos, não é mesmo?

Em resumo, a telemedicina oferece ao paciente o acompanhamento remotamente, otimizando o tempo de atendimento médico e aumentando a rotatividade de pacientes na clínica.

Equilibrando a gestão financeira em Saúde

O equilíbrio da gestão financeira em Saúde depende do preparo técnico e da capacidade de planejamento da clínica.

Afinal, é preciso ter habilidades para lidar com cálculos, demonstrativos, planilhas, além de conhecer as regras de faturamento e comunicação com planos de saúde.

A clínica precisa estar preparada para lidar com condições de risco e situações inesperadas. Por isso, o planejamento deve ser elaborado considerando todas essas questões.

Então é importante garantir uma margem de receita para lidar com atrasos e glosas. Isso porque a empresa não pode depender totalmente das entradas mensais para manter suas contas em dia.

Por exemplo, a ocorrência de glosas podem ser revertidas por meio de um recurso de glosa. Entretanto, isso pode levar algum tempo, de modo que se a clínica não estiver preparada, ela pode atrasar seus pagamentos e gerar multas.

Desse modo, a análise dos riscos e dos relatórios sobre a situação financeira da clínica são as melhores maneiras de tomar as decisões mais precisas para manter o equilíbrio da gestão.

Como você viu, o conhecimento sobre a gestão financeira em Saúde é essencial para desenvolver um bom planejamento e alcançar o sucesso da clínica.

Fonte: https://feegowclinic.com.br/
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Lidar com a gestão financeira hospitalar é fundamental, para os gestores é um dos inúmeros desafios. Um gerenciamento financeiro estratégico e eficiente é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento. Um exemplo é ter de equilibrar fluxo de caixa com prazos dos pagamentos a serem realizados e defasagem entre o recebimento de dinheiro pelos hospitais.

Neste artigo, vamos explicar o que é gestão financeira, quais são os maiores problemas enfrentados pelos hospitais na hora de gerir as finanças e como contornar esses problemas, garantindo o equilíbrio da instituição. Confira!

O que é gestão financeira hospitalar?

A gestão financeira hospitalar envolve inúmeras tarefas, fundamentais para garantir uma visão de longo alcance no que diz respeito à manutenção das suas atividades. Vamos conhecer quais são algumas delas, a seguir.

Planejamento financeiro

A gestão financeira hospitalar requer um planejamento que esteja de acordo com as particularidades do segmento, com a elaboração de metas e de estratégias viáveis para alcançá-las.

Além disso, é necessário fazer um levantamento dos recursos financeiros disponíveis, contabilizando cada gasto, seja com salários de funcionários, fornecimento de materiais e medicamentos, dentre outros, e casar com tudo isso, o planejamento das entradas de receitas para ter um fluxo de caixa saudável.

Para evitar gastos duplicados ou desnecessários, também é importante fazer um inventário dos recursos disponíveis e um planejamento de necessidades.

Controles mensais

Manter um balanço mensal das finanças do hospital possibilita um controle mais eficaz da rentabilidade e dos déficits ao longo do tempo e permite que os gestores se preparem para cobrir eventualidades causadas por atrasos no recebimento, glosas e inadimplência.

O controle mensal também traz informações em curto prazo sobre as medidas a serem tomadas para restabelecer o equilíbrio financeiro do hospital, evitando que se criem grandes lacunas que prejudicarão os rendimentos da instituição.

Fluxo de caixa

O fluxo de caixa está relacionado às transações financeiras efetivadas no hospital. É imprescindível que todas sejam registradas, a fim de manter o controle das finanças e de equilibrar as diferenças entre despesas e receitas obtidas.

Existem várias formas de manter o rígido controle do que entra e do que sai em seu hospital, como com a utilização de planilhas ou de programas específicos de gestão financeira. A tecnologia, nesse caso, pode ser uma grande aliada na hora de manter o controle financeiro.

Qual a maior dificuldade ao gerir as finanças de um hospital?

Equilibrar a rotina de pagamentos com os atrasos, glosas e inadimplência, vem sendo a maior dificuldade ao gerir as finanças de um hospital. O SUS (Sistema Único de Saúde) e as operadoras de saúde têm um tempo médio para efetuar os pagamentos aos hospitais, o que pode gerar uma espera de 60 até 90 dias e, consequentemente, alguns prejuízos.

Isso pode trazer muitos problemas à instituição, que fica com seu fluxo de caixa prejudicado devido a esse atraso, mas ainda precisa manter seus compromissos financeiros, investindo em material, pagando funcionários e fornecedores, arcando com as despesas de manutenção, entre outros.

Como equilibrar a gestão financeira do seu hospital?

A defasagem no fluxo de caixa é fruto principalmente do elevado tempo médio de recebimento pelos hospitais, que pode ser afetado por inúmeras falhas de processo, como por exemplo, os frequentes agendamentos de cirurgia sem a autorização dos recursos necessários para sua realização.

Uma maior atenção aos processos favorece o equilíbrio financeiro e evita inúmeros problemas que influenciam significativamente o caixa do hospital. Esse, por sua vez, deve ser estruturado e controlado por meio da tecnologia e de processos rígidos, a fim de evitar o impacto causado pela falta de controle, que pode gerar guias “pós” para as operadoras ou, então, ser motivo de glosas, gerando expectativas de caixa positivas, mas que acabam não sendo concretizadas.

Com este artigo, você deve ter percebido a importância da gestão financeira hospitalar para o bom funcionamento de um hospital, e como um processo aparentemente isolado pode influenciar seriamente o fluxo de caixa, certo? Existem desafios, mas com organização e controle, eles podem ser superados, proporcionando o equilíbrio financeiro à instituição.

Fonte: https://blog.ncisaude.com.br/
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É notório que o desenvolvimento de inovações voltadas especialmente para o mercado de saúde tem tido grande destaque nos últimos anos. A adoção de novas tecnologias cumpre um papel crucial ao aprimorar o atendimento médico, bem como garantir aos profissionais do setor acesso a informações confiáveis para proporcionar aos pacientes uma melhor experiência de cuidado. Neste contexto, soluções como telemedicina e atendimento com base em informações baseadas em evidências tem ganhado um espaço significativo no setor.

De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2022, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CBI.br), a teleconsulta foi utilizada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros. Os dados do comitê apontam ainda que, se comparado ao período anterior à pandemia de Covid-19, cada vez mais os profissionais da saúde têm acessado informações dos pacientes disponíveis de modo eletrônico. Com relações às anotações de enfermagem, houve um aumento de 52% em 2019, para 81% em 2022. Para os médicos, foi registrado um crescimento de 74% em 2019, para 85% em 2022 na disponibilidade de listas de medicamentos prescritos aos pacientes.

Tendo em vista a adoção exponencial de serviços digitais no segmento da saúde, a expectativa é que soluções tecnológicas mantenham-se como atores centrais dentro dos consultórios, laboratórios e demais espaços clínicos.

Revolução no atendimento clínico além dos consultórios tradicionais

O aumento da adesão tecnológica tem ocupado um espaço de destaque nas instituições de saúde. Entre as principais alternativas que contribuem para o fomento deste cenário estão os modelos de telemedicina e cuidados virtuais, que foram adotados por sistemas de saúde com o objetivo de potencializar o cuidado ao paciente.

No entanto, com a crescente adoção desta modalidade de consulta, também há uma preocupação maior com a qualidade do atendimento virtual, bem como com os dados utilizados para a tomada de decisões clínicas. Neste sentido, é preciso que os próprios provedores de saúde estejam atentos em fortalecer e formalizar o treinamento para pesquisar e promover as melhores práticas de telessaúde baseadas em evidências para suas equipes clínicas.

Além disso, para garantir a melhor experiência no ambiente digital, os profissionais do setor devem atentar-se à disponibilidade de conteúdos educacionais personalizados. Isso tornará a comunicação com o paciente mais acessível e o ajudará a trilhar a sua própria jornada de saúde.

Treinamento e educação virtual para aprimorar o atendimento clínico

Na medida em que há um aumento na disponibilidade de informações científicas e soluções tecnológicas para apoiar o setor, também é necessário preparar todo o corpo clínico na forma de lidar com esses dados, para que, assim, médicos e enfermeiros possam atender seus pacientes com base em conteúdos ricos e precisos.

Para que isto funcione de modo efetivo, espera-se que provedores e instituições de ensino se apoiem na tecnologia para fornecer recursos baseados em evidências e alcançar mais alunos, estabelecer-se na transformação digital e, consequentemente, reter mais médicos e profissionais no corpo de enfermagem, aprimorando assim o atendimento clínico.

De encontro com o aperfeiçoamento de conhecimento científico, estão as aulas virtuais e o aprendizado online, práticas que tendem a serem cada vez mais comuns no processo de formação médica.

A utilização destas ferramentas permite ao aluno uma aprendizagem mais imersiva proporcionando a simulação de práticas que aparecerão rotineiramente no consultório. Sendo assim, como uma vivência prévia, os profissionais chegam ao mercado de trabalho melhores preparados para as tomadas de decisões clínicas.

Integração de dados e aceleração de soluções clínicas baseadas em evidências nas instituições de saúde

Ferramentas de aprendizagem de máquina, como processamento de linguagem natural e mineração de dados textuais, podem ajudar os sistemas de saúde a revelarem valiosas percepções de equidade de saúde escondidas em dados clínicos não estruturados que são difíceis de armazenar, pesquisar, analisar e compartilhar através dos sistemas de saúde.

Outro fator destacável para melhorar a experiência clínica, é a interoperabilidade entre os sistemas de saúde, com o propósito de integrar todas as informações relacionadas ao paciente. A integração de toda a documentação ajudará a aumentar a eficiência do provedor de saúde e, consequentemente, melhorar o atendimento baseado em evidências.

Indo ao encontro com a tendência de explorar informações científicas entre os decisores do mercado de saúde, existe um interesse crescente por ferramentas e soluções especificamente projetadas para encurtar o ciclo entre a identificação de problemas clínicos e a implementação de soluções baseadas em evidências. Neste sentido, iniciativas de pesquisa de melhoria da qualidade são fundamentais para melhores resultados dos pacientes e desempenho financeiro e operacional.

Desta forma, o cenário vislumbrado para 2023 é de um ecossistema de saúde ainda mais digital pautado no acesso a informações confiáveis e pesquisas sólidas. No entanto, existem muitos desafios no que tange abordagens inovadoras para aprimorar o atendimento clínico, mas é preciso explorar cada vez mais as alternativas disponíveis no mercado de saúde, para que, assim, médicos e pacientes saiam ganhando com um atendimento mais personalizado, atencioso, efetivo e seguro.

Matheus Barbosa é Gerente Comercial e de Alianças para Medi-Span Clinical na Wolters Kluwer, empresa líder global no fornecimento de informações profissionais, soluções e serviços para médicos e enfermeiros

Fonte: https://portalhospitaisbrasil.com.br/
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Um dos grandes desafios enfrentados pelos hospitais é ter uma eficiente gestão orçamentária, que garanta a sustentabilidade da instituição. Quem ajuda a entender melhor esse assunto são os profissionais da XHL Consultoria: Eduardo Regonha, sócio e diretor executivo, e Hoeberson Gouveia, consultor sênior.

Para eles, primeiramente, é preciso entender que o orçamento deve ser compartilhado e participativo, envolvendo todos os gestores. “É fundamental repassar a responsabilidade para todos os líderes, para isto, eles devem ser muito bem treinados e preparados”, contam.

Existe uma metodologia chamada orçamento colaborativo ou orçamento descentralizado, também conhecido como orçamento participativo. Essa prática, de acordo com os entrevistados, tem ganhado força nas instituições. “Isso significa que o orçamento não terá grande valia para o negócio se ficar restrito a um pequeno grupo de pessoas. Precisa expandir e fazer parte da vida corporativa nos diferentes níveis de gestão”, ressaltam.

Outro aspecto relevante é compreender que o orçamento não é somente a cópia das receitas e despesas dos anos anteriores com a aplicação de índices de reajustes. É preciso entender com clareza os objetivos da empresa para o futuro e refletir no orçamento todas as premissas definidas pela direção, valorizando e quantificando as ações do planejamento estratégico. Deve-se considerar os investimentos que serão realizados, os movimentos que a instituição vem adotando para alcançar seus objetivos, o momento econômico do país, as transformações internas, as sazonalidades, enfim, todos os aspectos que possam interferir no resultado da organização.

“Sempre que pensamos no futuro, envolvemos a dúvida e a incerteza sobre qualquer assunto. Planejar faz parte de qualquer ente na sociedade. Para empresas, a tarefa é mais difícil, pois além de se preocupar com a gestão interna em termos de custos e competências estratégicas, também é preciso considerar todos os fatores socioeconômicos para projetar seu desempenho”, relatam os consultores.

Segundo Regonha e Gouveia, o cenário econômico que o país enfrenta reforça ainda mais a necessidade de as instituições de saúde voltarem seus olhares para o futuro. Os gestores não podem ver o orçamento empresarial apenas como um instrumento financeiro, mas, principalmente, como uma ferramenta de tomada de decisão, que, associada ao plano estratégico, prepare a organização para os exercícios vindouros.

Para eles, um grande erro que as empresas comentem quando elaboram um orçamento é realizar ajustes, correções e acertos sem fatos que justifiquem tais ações. Existe diferença entre revisão e adequação da peça orçamentária. A revisão pode ser estabelecida uma vez que o cenário econômico sofrer alguma alteração ou quando ocorrer algo interno de forte impacto – como o descredenciamento de um convênio ou a saída de um médico referência –, que necessariamente obriga seus gestores a rever as medidas adotadas para o exercício. “Porém, não é recomendável fazer de forma aleatória, simplesmente porque não foi cumprido o que se almejava”, expõem.

Vantagens

Os consultores da XHL dizem que por meio da ferramenta orçamentária, institui-se a prática de analisar previamente e cuidadosamente todos os fatores antes das tomadas de decisões importantes. Formalizando o orçamento, obriga-se os gestores a pensar e a desenhar caminhos futuros. “Um orçamento bem feito proporciona à direção uma gestão mais focada, ou seja, as ações serão direcionadas para as áreas, setores ou unidades de negócio que estão com variações relevantes”.

Algumas instituições que adotaram o processo orçamentário observaram seus resultados melhorarem, enquanto as que estavam com resultados negativos viram o déficit reduzir. De acordo com Regonha e Gouveia, estas melhorias aconteceram por dois motivos. Primeiro porque a execução das peças orçamentárias só foi aprovada com melhorias, exigindo que a equipe trabalhasse em prol da busca dos objetivos estabelecidos. Em um segundo ponto, se a meta vem sendo alcançada, sobra tempo para os gestores e o staff implantarem novas estratégias, trazendo novos produtos e serviços e, desta forma, alavancar melhores resultados para organização.

O papel da tecnologia

A tecnologia, não só na gestão orçamentária, mas dentro das rotinas das empresas, como um todo, pode gerar diferentes tipos de economia e vantagens, como apontam os consultores. Inicialmente, é possível reduzir despesas com mão de obra, já que as rotinas de trabalho ficam otimizadas.

O uso dos ERPs permite que os trabalhos sejam realizados de forma mais rápida, segura e eficiente, eliminando retrabalhos e reduzindo a margem de erro, pois a padronização deixa os processos muito mais práticos e simples.

“Acima de tudo, as integrações entre diferentes setores dentro da instituição permitem que as diversidades de informações transitem ao mesmo tempo no sistema, possibilitando ganhos em eficiência, qualidade e agilidade. Isso proporciona um ganho enorme no processo de tomada de decisão, que depende desta agilidade para ser eficiente e eficaz”, apontam.

Dicas

Para os gestores, as dicas dos consultores da XHL são:

1 – Pense e elabore o orçamento descentralizando as ações, as participações e as tomadas de decisões;

2 – Ouça seus gestores, fazendo-os participarem das ações;

3 – Não se lembre do orçamento apenas quando for elaborar, mas, sim, mês a mês. Revise se for necessário, estabeleça metas de assertividade entre orçamento previsto x realizado, bem como metas de redução;

4 – Determine metas e objetivos, tenha clareza do que a instituição espera e deseja alcançar para o exercício vindouro;

5 – Último e não menos importante: procure cumprir as metas estabelecidas e os objetivos traçados. Busque orçar aquilo que realmente a instituição consegue atingir, por meta estabelecida, não um sonho inatingível.

Case Unimed de Araçatuba

Para aprimorar seus processos de planejamento, controle, tomadas de decisões e auxiliar na redução de custos, a Unimed de Araçatuba (SP), contratou os serviços de consultoria da XHL. A instituição conta com mais de 400 cooperados entre médicos e serviços contratados, 54.000 usuários, serviço de UTI móvel e o mais moderno hospital da região.

Sílvia Maria Ávalos, supervisora de controladoria, conta que a unidade enfrentava dificuldade na elaboração do orçamento porque não havia uma metodologia específica. “O apoio da XHL foi fundamental, pois nos orientaram quanto ao método a ser utilizado, as premissas e o envolvimento dos gestores da instituição”, expõe.

Assim, fazendo uma análise desde o primeiro orçamento do hospital, em 2014, até o de 2017, verificou-se o amadurecimento em sua elaboração, no acompanhamento e nas análises realizadas a partir das falhas.

Segundo Sílvia, as vantagens da gestão orçamentária são: compartilhamento das responsabilidades com os gestores, criação de uma base histórica (comparativo com o orçamento anterior) e redução de custos. O maior desafio na implantação, para ela, foi a conscientização de toda a instituição.

“Nosso hospital é acreditado nível II ONA e ISO, por isso, é imprescindível ter uma ferramenta de orçamento que ofereça um olhar sistêmico e estratégico dos processos. Além de dar visão em longo prazo aos dirigentes, ela auxilia muito no desenvolvimento de nossa equipe em gerenciar seus setores como unidades de negócio”, acrescenta a Dra. Vilma Neri Shinsato, diretora administrativa da Unimed de Araçatuba.

Os próximos passos da instituição são melhorar a elaboração do orçamento 2018, com maior envolvimento dos todos os gestores, e as análises do acompanhamento do planejado x realizado.

Fonte: Revista Hospitais Brasil + http://fehosp.com.br/

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Quem tem um consultório funcionando, sabe: nem sempre é fácil manter a situação financeira em dia. Tempos de poucos recursos, entretanto, podem trazer importantes aprendizados para a gestão do negócio.

Confira as dicas dos professores de gestão financeira da IBE-FGV, Claudio Tosta, e da Trevisan Escola de Negócios, Renato Santos, para que você administre bem a sua clínica ou consultório em momentos de turbulência e dê bons passos para retomar o crescimento.

1) Comece analisando a situação financeira

O ideal é que todo negócio tenha planejamento e controle financeiro estruturados desde o início. Se isso ainda não está implementado no seu dia a dia, é preciso, primeiramente, colocar a vida financeira em dia.

Tosta, indica que, antes de fazer um plano de ação para retomar o crescimento, o profissional invista na elaboração de um estudo de viabilidade econômica e financeira, para entender, com propriedade, a aplicabilidade e potencial do seu negócio. “É importante que isso seja feito considerando um cenário normal, um otimista e outro pessimista, para ter uma visão completa e poder tomar as melhores decisões”, explica.

Alguns pontos a serem considerados são, por exemplo, os demonstrativos de resultado, fluxo de caixa, capital de giro e o tempo necessário para que seus investimentos deem retorno. Tosta indica, ainda, que essa análise seja feita com a ajuda de um profissional da área.

Só com esses dados em mãos será possível identificar as causas do problema, criar uma estratégia embasada e com maiores chances de sucesso. “A partir desse diagnóstico, será possível decidir o que fazer: dividir o consultório com outro profissional, reduzir despesas, etc.”, afirma o especialista.

2) Reduza despesas

Para fazer uma boa gestão com poucos recursos, é preciso olhar com ainda mais cuidado para os gastos. “O aspecto mais importante é cortar o desperdício: rever contratos de prestação de serviço de telefonia, o valor do plano de internet, analisar as cestas de tarifas bancárias, compartilhar compras com concorrentes, trocar de fornecedor, etc.”, afirma Santos. Os custos fixos devem estar na mira: a renegociação do preço de um aluguel, por exemplo, pode ser útil nesse momento. O profissional chama atenção, entretanto, para a necessidade de esses cortes serem feitos com precisão, para que o atendimento não perca em qualidade.

3) Renegocie dívidas

Se o estabelecimento estiver com dívidas, Santos indica que essa é a hora de pensar também em renegociá-las, substituindo-as por outras linhas de crédito, com taxas de juros mais baixas.

4) Planeje seus investimentos

Em períodos de recursos escassos pode ser difícil encontrar o equilíbrio entre a necessidade de cortar gastos e o desejo de investir para ver o negócio retomar o crescimento. Por isso, é fundamental estudar e planejar cada passo. “Todas as decisões devem ser tomadas com base no planejamento estratégico”, lembra Tosta. Estudos demográficos, de público-alvo e de viabilidade econômica são essenciais antes de decidir onde (e se) investir.

5) Tome crédito com cautela

Da mesma maneira, antes de optar pela tomada de crédito, é extremamente importante avaliar quais são as suas opções. “Para isso, é necessário realizar um planejamento baseado em metas realistas e analisar a capacidade de pagamento do empréstimo”, explica Santos. Empréstimos que não prejudiquem o seu negócio precisam ser pontuais e ter um objetivo específico. Portanto, estude o que deseja fazer, qual é e em quanto tempo espera ter retorno com o empréstimo.

6) Aprenda com a experiência

Momentos de dificuldade podem trazer importantes lições financeiras ao seu negócio. Se até o momento você fez uma gestão financeira pouco profissionalizada do consultório, misturou despesas pessoais às do negócio, não definiu pró-labore dos sócios ou se esqueceu de manter o fluxo de caixa em dia, é importante deixar esses hábitos para trás de uma vez por todas. “Aprender que parte do lucro precisa ser reinvestido para momentos de turbulência, entender a importância de manter os custos controlados e fazer um planejamento antes de investir são importantes aprendizados que os profissionais podem tirar desses momentos”, defende Santos.

Fonte: https://conexao.segurosunimed.com.br/
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Qual o melhor modelo de remuneração para a saúde? E o seu impacto sobre o valor entregue ao paciente? Essas são algumas das questões discutidas atualmente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e por representantes do setor.

A ideia é indicar alternativas ao fee-for-service, também conhecido como pagamento por serviço ou ato médico, que eleva os custos assistenciais e não tem a saúde do paciente como foco.

Conheça 3 modelos em discussão, suas vantagens e desvantagens:

1 – Pagamento por pacote ou por ciclo de doença (Bundled Payments)

A remuneração é fixa, única e previamente definida para o conjunto de serviços associados a um diagnóstico ou procedimento, como uma cirurgia cardíaca, por exemplo. O valor engloba o que for necessário para o cuidado, seja internação, atendimento ambulatorial ou mesmo reabilitação. A ideia é que haja um plano de cuidado integrado, mas os serviços podem ser oferecidos por diferentes prestadores.

Há o compartilhamento do risco entre quem paga e quem presta o serviço: o risco epidemiológico (de um aumento súbito de casos) recai sobre o primeiro, enquanto o risco clínico (associado ao que é feito ao paciente), sobre o segundo. No modelo fee-for-service, todo o risco é assumido pela fonte pagadora.

2 – Pagamento por usuário (Capitation)

Remuneração fixa por paciente (per capita), definida em contrato. Inclui um leque de serviços e período pré-determinados para atendimento. O valor deve ser definido com base nos custos e na utilização média dos serviços pela população local.

Na atenção básica, o contrato pode incluir prevenção, diagnóstico, injeções, ações educativas, exames laboratoriais, entre outros. O risco é integralmente assumido pelo prestador.

3 – Pagamento por Performance (P4P)

Além da remuneração fixa ou por serviço, é estabelecido um percentual variável para profissionais ou estabelecimentos que alcançarem metas pré-definidas. O conceito de performance varia caso a caso, mas ela é geralmente medida a partir da avaliação de processos, desfechos, experiência do paciente e/ou infraestrutura.

No último ano, esse modelo foi adotado pela Unimed Belo Horizonte para a remuneração de médicos. Os indicadores foram definidos em conjunto com cada grupo de especialistas. Para uma consulta, hoje, a remuneração variável é de 10%, percentual que deve pelo menos dobrar nos próximos anos, de acordo com José Augusto Ferreira, diretor de Provimento da Unimed-BH.

Em 2017, também haverá bônus semestrais para os hospitais, além do valor pago pelos procedimentos. Serão cinco critérios avaliados: acesso, satisfação do cliente, segurança do paciente, desempenho e acreditação internacional.

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Dentre tantas palavras que podem descrever estes dois últimos anos, certamente uma delas é “imprevisibilidade”. Especificamente no setor da saúde, enquanto a pandemia da Covid-19 provocou um aumento súbito de pacientes em hospitais e clínicas de pronto-atendimento, houve uma queda nos agendamentos de consultas e exames eletivos. Por sua vez, os momentos de redução no número de infectados refletiram na volta da procura pelos atendimentos não emergenciais. Em um cenário com tantos altos e baixos, é possível manter um bom planejamento financeiro da clínica?

Sim, não apenas é possível, como também fundamental para conseguir sobreviver financeiramente nestes tempos de incertezas. Segundo um estudo conduzido pelo grupo Médicos sem Jaleco com 683 profissionais de saúde em 2020, 82% dos entrevistados tiveram uma queda na renda devido à pandemia — uma redução que ultrapassou os 50% para quase metade deles.

Além de trazer mais segurança para momentos de crise, estabelecer um planejamento financeiro para a clínica contribui para enfrentar outros desafios comuns a empresas da área da saúde, manter a sustentabilidade do negócio e até ter mais visibilidade sobre oportunidades de investimento para melhorar a qualidade do serviço. Confira, a seguir, algumas práticas que ajudam a solucionar esses desafios.

Médico também é empreendedor

Nem sempre os médicos precisam se preocupar com questões referentes ao negócio. Entretanto, se você está à frente de uma clínica, também se torna um empreendedor. Portanto, o primeiro ponto a se priorizar para alcançar um bom planejamento financeiro da empresa é justamente estar atento ao seu negócio.

A dificuldade em gerenciar o fluxo de caixa diariamente é comum a muitos profissionais da saúde, mas é um ponto que precisa ser tratado com prioridade. A partir do controle sobre despesas e receitas, é possível entender os pontos que podem ser ajustados, o que está funcionando bem e o que demanda um investimento maior.

Entenda o seu mercado — e peça ajuda, se necessário

Ficar por dentro das mudanças frequentes que envolvem o setor da saúde parece uma tarefa difícil, ainda mais em cenários imprevisíveis como o da pandemia. Mas é o que pode te ajudar a verificar se há custos que podem ser reduzidos na clínica ou oportunidades de aumentar a receita.

Os preços que você pratica estão de acordo com o mercado? Houve mudanças nas normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em relação ao contrato com as operadoras de saúde? É possível encontrar outros fornecedores para equipamentos e medicamentos que sofreram aumento de preço? Será que todos os tributos que você paga são realmente necessários? Se couber no seu orçamento, conte com a ajuda de consultores financeiros e contadores especializados no segmento da saúde para um apoio adicional.

Use a tecnologia a seu favor

Sabemos que não é fácil manter uma dupla jornada entre o atendimento médico e a administração do negócio. Por isso, outro investimento que vale a pena incluir no planejamento financeiro da clínica é em softwares que ajudam a gerenciar diferentes aspectos do dia a dia.

Atualmente, existem opções de sistemas voltados para a área da saúde que auxiliam em pontos como gestão financeira, controle de agenda, organização e análise de dados, automatização de processos, controle de estoque e muito mais. Incorporar a tecnologia na rotina da sua clínica ajuda a economizar tempo e evitar erros comuns em processos manuais.

O paciente no centro da atenção

Até então falamos de práticas administrativas para o planejamento financeiro da clínica. Entretanto, nunca se pode esquecer do ponto-chave para o sucesso de uma empresa de saúde: o paciente. Prezar por um atendimento humanizado em todo o processo, um bom controle da agenda, pontualidade e facilidade na comunicação contribui para a fidelização do paciente.

Além de cumprir com as premissas de um atendimento médico de qualidade, ao seguir estas práticas você poderá trazer mais previsibilidade à receita da clínica, já que saberá quantos retornos acontecerão em cada mês. 

Manter um fundo de reserva

Esta é uma prática essencial para qualquer empresa. Reservar um montante da sua receita para emergências é o que pode significar a sobrevivência do seu negócio em períodos de crise, como o vivenciado com a pandemia. Seja em épocas de redução nos atendimentos ou de custos inesperados, o fundo de reserva ajudará a manter sua clínica funcionando até que a situação seja estabilizada.

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