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Com a chegada de um novo ano, é hora de o médico refletir sobre a saúde financeira do seu consultório. Apresentamos os sete passos para organizar as finanças, não só para os próximos 12 meses, mas para os próximos anos
Prestes a entrarmos em um novo ano, as expectativas não são das melhores. Com inflação alta e crescimento baixo no país, o que impacta em todos os segmentos, inclusiva na Saúde, estima-se que 2022 será um ano difícil. Porém, também acredi- ta-se que este será o ano da retomada da normalidade na Medicina, com uma pro- dução muito parecida ou até um pouco superior à de 2019, devido ao represamento de procedimentos eletivos que ocorreram em 2020 e 2021.
A análise é do diretor executivo da XHL Consultoria, Eduardo Regonha, doutor em Ciências – Custos em Oftalmologia e pós-graduado em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde. Portanto, diante do atual cenário econômico, é fundamental que o médico se prepare para manter a saúde financeira do seu negócio pelos 12 meses do ano que se aproxima.
Para o especialista, como existe uma tendência para 2022 de aumento da produção, no entanto sem a respectiva elevação dos resultados (redução do tíquete médio), a necessidade de informações que demonstrem para a clínica quais os serviços e ope- radoras mais atrativos, em que se encontram as possibilidades de redução de custos, torna-se fundamental para uma visão de curto prazo de quais exames, cirurgias e procedimentos deve-se estimular e quais os custos que podem ser diluídos a fim de propiciar uma utilização melhor da estrutura, reduzindo o custo médio (fixo) por paciente atendido.
“Uma metodologia ou sistema que proporcione informações de custos de exames, consultas e cirurgias seria de grande valia no processo de tomada de decisão, ge- renciamento de custos e maximização de receitas. Além disso, seria importante um fluxo de caixa bem elaborado, que propicie uma visão das movimentações passadas, mas principalmente uma previsão de caixa coerente e confiável, pelo menos para os próximos meses, municiando os gestores com informações sobre a saúde financeira da empresa e possibilitando uma visão de curto prazo para decisões”, explica.
No que se refere às fontes pagadoras, diante de tantas reivindicações de mudanças nos meios de remuneração, como pagamentos por pacotes, captação, entre outros, Eduardo Regonha enfatiza que a informação de custos torna-se uma condição sine qua non para que as instituições tenham instrumentos que demonstrem o real custo dos serviços e consigam negociar de forma transparente, conhecendo efetivamente os custos de cada um dos serviços prestados, facilitando também a formação de preços e o processo de negociação.
Com o objetivo de ajudar o médico a se planejar melhor para o novo ano, a Revista DOC apresenta a seguir os sete passos para organizar a saúde financeira em 2022.